Mar 6, 2013

O 1º Congresso Internacional do Envelhecimento surgiu de uma necessidade de responder a um número significativo de insistências para que a Associação Amigos da Grande Idade marcasse o País com um evento de relevo no Ano Europeu do Envelhecimento Activo e Solidariedade Intergeracional.

Não fazendo a apologia de realizar actividades e desenvolver mais trabalho para justificar as datas comemorativas, mas entendendo que o papel da Associação é já hoje determinado por um conjunto muito alargado de pessoas e que foram geradas expectativas muito elevadas sobre o nosso trabalho, construímos um Congresso que marcou o ano de 2012 e que juntou um conjunto de personalidades de enorme relevância nacional e internacional em dois dias de absoluta partilha de conhecimentos e vivências variadas.

Cedo se percebeu a importância do evento tendo sido recebidas, na fase preparatória, mais de uma centena de propostas para comunicações livres e cinco dezenas de propostas para posters, bem como uma aceitação quase geral aos convites enviados para oradores, Comissão Científica, Comissão Organizadora e Comissão de Honra.

O Tagus Park acolheu um evento com quase um milhar de participantes e com extraordinárias novidades no discurso sobre envelhecimento e na atitude e comportamento em relação às pessoas idosas.

Ainda que mantendo o funcionamento da Associação sem qualquer estrutura profissional fixa e julgando que a periodicidade deste evento nunca seria anual, pelo âmbito e dimensão que o 1º Congresso atingiu, não podemos deixar de inflectir e voltar a responder às solicitações e expectativas que nos foram chegando tanto oriundas do nosso panorama nacional, como internacional.

Tentamos pois, voltar a surpreender e temos a certeza que vamos conseguir. Já sabemos que a Associação contribuiu em muito para a mudança do discurso informal e institucional: faz-se hoje uma abordagem mais pragmática a muitos assuntos relacionados com o envelhecimento e com as pessoas idosas e caíram barreiras linguísticas que só serviam para esconder realidades dolorosas e incapacidades técnicas, práticas e académicas. Estamos mais próximos dos nossos parceiros europeus e nada será como há escassos anos a esta parte.

A Associação defende cinco medidas[1] essenciais para a transformação desta área. Alargou os seus objectivos recentemente, introduzindo os princípios da funcionalidade, liberdade e felicidade nos cuidados e serviços para pessoas idosas, continuando a postular ainda assim o que considera dogmático: sem novos modelos de oferta de cuidados e serviços ancorados na prevenção, sem novos caminhos na área do financiamento, sem legislação adequada, sem controlo de recursos e sem formação, não existe qualquer envelhecimento com futuro e sustentado. É a morte, não das pessoas idosas, mas do próprio País. O modelo assistencialista chegou ao fim.

Queremos pois, continuar a discutir estes assuntos, mas de uma forma simples, tranquila e feliz, trazendo até nós as vozes que habitualmente não se preocupam com estas questões mas que determinam a opinião e a política nacional. Queremos mediatismo e visibilidade nacional e internacional e, como sempre tem acontecido, vamos atingir os nossos objectivos. Esperamos por si para podermos ter um envelhecimento com futuro e de futuro em PORTUGAL.

Rui Fontes

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Jul 31, 2012

A Associação Amigos da Grande Idade – Inovação e Envelhecimento, nasceu de um projecto. Um projeto, como tantos projetos que vão sendo feitos mas que não passam de intenções, habitualmente boas e até apelativas. Mas um projeto que se distinguiu à partida: não depender de apoios oficiais de entidades ou de subsídios ou de mecenas. Um projeto sustentável que valesse por ele próprio.

Outra coisa distinguiu este projeto de que, como Presidente, me orgulha profundamente: ser visível, divulgado, anunciado, notório.

Para isso foi preciso trabalhar intensamente, apresentar resultados, definir objetivos, planear e determinar estratégias.

Um dos passos foi participar em concursos e eventos que pudessem falar do nosso projeto, das nossas ideias, do nosso trabalho, conhecimento e experiencia.

Sentimo-nos pois muito compensados por hoje podermos servir de plataforma para inúmeros projetos na área do envelhecimento, por nos reconhecerem o mérito de conseguirmos passar projetos à prática.

Em Junho tivemos o nosso primeiro congresso, modesto, mas muito importante no panorama nacional, tentámos dar visibilidade a uma quantidade significativa de ideias, de trabalhos, de experiencias e de conhecimento que possa contribuir para melhorar os cuidados e serviços a pessoas idosas, alterar a imagem e estigma do envelhecimento e demostrar que não precisamos de copiar modelos mas que temos um potencial elevado para inovarmos, questionarmos e encontrarmos caminhos mais adequados e sustentáveis.

Sendo um homem de conhecimento baseado na prática, reconheço a importância fundamental do trabalho científico que, felizmente, cada vez responde mais às necessidades desse trabalho prático. É no conjunto do trabalho cientifico e da experiencia prática que devemos alicerçar os novos pilares de todo o modelo de serviços e cuidados na área do envelhecimento.

Fica aqui o meu modesto agradecimento a todos os que decidiram contribuir para o êxito desta iniciativa que foi o nosso evento, nomeadamente através de comunicações livres e pósteres do Congresso Internacional do Envelhecimento.

Rui Fontes – Presidente da Associação Amigos da Grande Idade – Inovação e Desenvolvimento.

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